quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Súplica do Natal

Amado Jesus:
na excelsa manjedoura
que te esconde a glória sublime
ouve a nossa oração!
Ajuda-nos
a procurar a simplicidade
que nos reúne ao teu amor...
Auxilia-nos
a renascer dentro de nós mesmos
buscando em ti a força
para sermos, em Teu Nome,
irmaõs uns dos outros!
Mestre do Eterno Bem,
sustenta as nossas almas
a fim de que a alegria
de servir e ajudar
nos ilumine a senda,
não somente na luz
de teu Santo Natal,
mas em todos os dias,
aqui, agora e sempre...

Aparecida

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Saulo e Paulo

Saulo, ardendo em zelos, perseguia desapiedadamente os primitivos prosélitos do Cristianismo nascente.
Dirigindo-se certa vez em Damasco, respirando ameaças por todos os poros contra os discípulos do Senhor, teve uma visão quando se aproximou daquela cidade. Subitamente brilhou em redor dele uma luz celeste que o envolveu completamente; e ouviu uma voz dizer-lhe, em tom claro e distinto: Saulo, Saulo, porque me persegues?
Aturdido com o insólito fenômeno, Saulo retruca: Quem és tu, que me falas? Eu sou Jesus a quem persegues, responde a voz do céu; mas levanta-te e entra na cidade, e lá saberás o que deves fazer.
Levantou-se Saulo, e, abrindo abrindo os olhos, nada viu; e, guiado pelas mãos de outrem, entrou em Damasco.
Esse acontecimento transformou Saulo, o inimigo do Cristo, em Paulo, o grande pioneiro, o arauto incomparável do Cristianismo de Jesus.
Ora, porque será que o Senhor se manifestou ostensivamente ao adversário declarado de sua igreja, provocando-lhe de tal maneira a conversão?
A razão é simples. Saulo era inimigo de Jesus, porque o desconhecia; e Jesus era seu amigo, porque sabia muito bem quem era ele.
A verdade tem tido, e terá em todos os tempos, inimigos; porém, ela não é inimiga de ninguém. A verdade sabe que os que a combatem o fazem na ignorância do que ela seja. E Jesus é a verdade.
Quando os Saulos chegam a perceber e a sentir o esplendedor da verdade, transformam-se logo em Paulos.
Demais, Saulo estava mais perto da verdade, perseguindo-a, que muitos dentre aqueles que a defendiam com os lábios.
A verdade não se deixa enganar; conhece perfeitamente os que dela se tornam dignos. Não julga pelas aparências; sonda o íntimo, penetra o âmago dos corações, revelando-se aos que de fato a buscam e querem.
O traço indelével do caráter de Saulo era a sinceridade. É precisamente esse o caminho que conduz à verdade. Combatendo embora o Cristo, Saulo ia, sem perceber, ao encontro da verdade, porque Jesus mesmo é a verdade.

Vinícius

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Oração do discipulo

Senhor Jesus!

Do pesado madeiro da minha consciência, em que as minhas pesadas fraquezas te crucificaram, ouve-me os rogos e não me negues teu socorro constante.
Vidente divino, dá-me a graça de ver os favores com que me enriqueces, em forma de lutas e sofrimentos.
Benfeitor eterno, faze-me sentir a alegria do Céu, em minhas dores terrestres.
Oleiro Paciente, aquece a argila do meu frágil coração para que se transforme em vaso proveitoso ao teu serviço.
Sábio Juiz, infunde-me respeito às leis divinas que esperam a minha regeneração para a eternidade.
Companheiro atencioso, auxilia-me a ser irmão de todas as criaturas.
Médico Infalível, cura-me as chagas íntimas, alimentandas por minha própria imprevidência.
Amigo Admirável, sela meus lábios para o mal e inspira-me o amor infatigável ao bem.
Mestre abnegado, não me faltes com as tuas lições de cada dia.
Semeador Celeste, protege a terra de minha alma contra os vermes da má vontade e da preguiça para que eu te encontre incessantemente no trabalho que me concedeste.
Senhor das Bençãos, não me relegues aos inconscientes desejos que nascem de mim e sustenta-me no abençoado caminho da vida reta em que devo negar a mim mesmo, tomar a cruz salvadora de minhas próprias obrigações e marchar ao teu encontro, hoje e sempre.
Assim seja.

Emmanuel

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Calvário acima

Eis a luta, alma querida,
Este é o roteiro da vida,
Se buscamos a ascensão...
Por fora, golpes e dores
Nos caminhos remissores,
E angústia no coração.
Tempestades, ventanias,
Horas tristes e sombrias,
Incompreensão a gritar!
A terra empedrada e dura,
O desencanto e amargura,
No sonho a desesperar...
Mas, sigamos para a frente,
Embora a estrada inclemente,
De ombros vergados à cruz!
Vencendo a sombra e a agonia,
Alcançaremos, um dia,
O monte da eterna luz.
Subamos sem desalento...
A palma do sofrimento
É santa renovação,
Quem, com jesus segue e lida,
Atinge os cimos da vida
Ao sol da ressurreição.
João de Deus

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pedras da vida

...Há situações que constituem a nossa prova aflitiva e áspera, mas redentora e santificante.
Perdoemos as pedras da vida pelo ouro de experiência e de luz que nos oferecem.
E, sobretudo armemo-nos de coragem para o trabalho, porque é na dor do presente que corrigimos as lutas de ontem, acendendo abençoada luz para o nosso grande porvir.

Bezerra de Menezes

Médium: Francisco Cândido Xavier
Do "Bezerra, Chico e Você"

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Nosso dever

Por mais humilde, quando confrontado com as atividades que nos pareçam superiores, amemos o dever que a vida nos reservou.
No Plano do Universo, todo encargo é digno de apreço.
O firmamento agasalha o mundo sob imensa abóboda de estrelas; no entanto, não desempenha as atribuições do telhado doméstico.
O sol é um espetáculo permanente de luz, mas não realiza o serviço da lâmpada.
O grande rio é um gigante de água movente; contudo, não executa em casa função de bica.
O celeiro guarda os ingredientes do pão, mas não consegue amassá-lo.
O transatlântico transporta o salva - vidas, sem tomar-lhe a prerrogativa.
Cultivemos o nosso dever por mandato da Providência Divina.
O esforço anônimo na fecundação da terra, jaz revestido de extrema significação para ela e para ele.
Assim também, a nossa tarefa particular pode não aparecer aos olhos dos outros, no desdobramento da vida, entretanto, ela é sumamente importante para a vida e para nós.

Albino Teixeira
Médium: Francisco Cândido Xavier
Do livro "Caminho Espírita"

domingo, 4 de outubro de 2009

Eles estão vivos

Ainda quando não reconheças, de pronto, semelhante verdade, eles te vêem e te escutam!
Quanto possível, seguem-te os passos compartilhando-te problemas e aflições!
Compadece-te dos que te precederam na Grande Renovação!
Aqueles que viste partir de mãos desfalecentes nas tuas, doando-te os derradeiros pensamentos terrestres, através dos olhos fitos nos teus, não estão mortos.
Entraram em novas dimensões de existência, mas prosseguem de coração vinculado ao teu coração.
Assinalaram-te o afeto e agradecem-te alembrança, no entanto, quase sempre se escoram em tua fé, buscando em ti a força precisa para a restauração espiritual que demandam.
Muitos deles, ainda inadaptados à vida diferente que são compelidos a facear, pedem serenidade em tua coragem e apoio em teu amor...
Outros, muitos, jazem mergulhados na bruma da saudade, detidos na sede de reecontro, ante as requisições continuadas dos teus pensamentos de angústia.
Outros muitos, seguem-te ainda...
Aqueles que se despediram de ti, depois de longa existência, abençoando-te a vida;
os que amaste, indicando-lhes o caminho para as esferas superiores;
os que levantaste para a luz da esperança e aqueles outros que socorreste um dia, com o ósculo da amizade e da beneficência...
Todos te agradecem, estendento-te os braços no sentido de te auxiliar a transpor as estradas que ainda te cabem percorrer.
Auxiliar aos entes queridos na Espiritualidade, afim de que te possam auxiliar!
Se lhes recorda a presença e o carinho, preenche o vazio que te impuseram à alma, abraçando o trabalho que terão deixado por fazer.
Sê a vos que lhes reconforte os seres amados ainda na Terra, a força que lhes execute o serviço de paz e amor que não terminaram, a luz para aqueles que lhes lastimam a ausência em recantos de sombra, ou o amparo em favor daqueles que desejariam continuar te sustentando no mundo!
Compadece-te dos entes queridos que te antecederam na Grande Libertação!
Chora, porque a dor é fonte de energias renovadoras por dentro do coração, mas chora trabalhando e servindo, auxiliando e amando sempre!
E deixa que os corações amados, hoje no Mais Além, te enxuguem as lágrimas, inspirando-te ação e renovação, porque, no futuro, tê-los-ás a todos positivamente contigo nas alegrias do Novo Despertar.

Emmanuel

domingo, 13 de setembro de 2009

A religião da Revelação

Quem nos há de dar provas convincentes da imortalidade, senão aqueles que já passaram pelo transe da morte? Quem nos há de falar com autoridade da vida do além, senão aqueles que lá se encontram? A fé personificada em Jesus Cristo é aquela que se baseia na revelação. "Bem-aventurado és Simão, porque não foi a carne nem o sangue quem, por ti, acaba de confessar que eu sou o Cristo, mas meu Pai que está no céu. Tu és Pedro e sobre esta pedra ( a revelação de que Pedro fora o instrumento) edificarei a minha igreja."
Revelação quer dizer comunhão com o além, donde nos é transmitida alguma verdade que nos interessa saber. Daí o testemunho vivo da imortalidade, da vida futura que de lá nos acena em gestos magníficos de solidariedade fraternal.
Há mais júbilo no céu, afirma o Evangelho, por um pecador que se regenera que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento. Isto atesta o fato, para nós importante, de que o Céu não está isolado da Terra, que os de lá acompanham com interesse a vida dos de cá; e tal interesse é tão acentuado e positivo que a vitória do pecador importa em alvoroço festivo na sociedade celeste dos que já triunfaram e fruem o justo prêmio de suas conquistas.
Céu e Terra, anjos e homens, santos e pecadores acham-se todos entrelaçados pelos liames sagrados do afeto, numa comunhão que nada pode quebrar. Tal é a religião da revelação contra a qual as potências do mal jamais prevalecerão. Tais são as chaves que nos abrem os pórticos dos tabernáculos eternos. Tal é a força que liga na Terra o que está ligado no Céu, e liga no Céu o que está ligado na Terra.
Bem-aventurada seja a consoladora religião da revelação que irmana todos os seres, vinculando-os num soberbo e majestoso amplexo de amor.

Vinícius

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Quem é o meu próximo?

Quem é meu próximo? Indagou de Jesus um rabino da sinagoga.
à guisa de resposta, o Mestre contou-lhe a seguinte parábola:
- Viajava certo homem, de Jerusalém a Jericó. No trajeto foi assaltado por ladrões que o espoliaram e espancaram barbaramente, deixando-o semimorto à beira da estrada.
Aconteceu transitar por ali um sacerdote que, vendo-o, passou de largo. Do mesmo modo também um Levita, chegando ao lugar e deparando com o ferido, passou de largo...
Um samaritano, porém, ao passar pela referida estrada, vendo o viajor, aproximou-se dele cheio de compaixão. Pensou-lhe as feridas, reanimou-o, e, levando-o consigo até à primeira hospedaria, ali o deixou entregue aos cuidados do estalajadeiro, pagando antecipadamente as diárias prováveis para seu completo reestabelecimento.
Qual destes três te parece haver sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
Retrucou o rabino da sinagoga! Aquele que usou da misericórdia para com ele.
Vai-te, e faze o mesmo - Concluiu jesus.
Do apólogo imaginado pelo Mestre, aprendemos que, ser próximo, quer dizer usar da misericórdia para com aqueles que sofrem ao nosso lado.
Quem se conserva, portanto, impassível diante do alheio infortúnio, como fizeram o sacerdote e o levita, não é o próximo de ninguém. E quem não é próximo de ninguém, é herege, é ateu, está fora da lei de Deus, embora se apresente revestido de todas as insígnias e distintivos peculiares ao credo mais reverenciado pelo mundo.
Nosso próximo, como o próprio termo designa, é aquele que está perto de nós; porém perto pelo coração, pela solidariedade, pelo amor.
Neste caso, a distância não se mede por metros ou quilômetros, mas pelos graus de vibratilidade dos sentimentos. Podemos ter alguém ao nosso lado, sob o mesmo teto, sem que, contudo, possamos contar com a sua cooperação nos sucessos de nossa vida. Tal pessoa, em verdade, não está perto de nós: está muito longe, visto que não se afeta com aquilo que nos diz respeito. De outra sorte, pode haver alguém que, encontrando-se em hemisfério oposto àquele em que nos achamos, esteja, contudo, ao nosso lado, muito perto de nós pela dedicação e pelo afeto que nos vota.
Ser próximo por conseguinte, é ser solidário, ser fraterno, ser dedicado: é, numa palavra, amar o semelhante, compartilhando, tanto de suas alegrias como de suas desventuras: daquelas, para engrandecer seu gozo; destas, para amenizar-lhe a dor.
De tal conceito, ressalta a sabedoria incomparável deste lema genuinamente evangélico: "fora da caridade não há salvação."

Vinícius


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Fé, Esperança e Caridade

A esperança está para a fé como o sol está para a lua. Esta não tem luz própria: reflete aquela que recebe do sol. Daí porque a lua difunde raios pálidos, merencórios e isentos de calor, enquanto o sol esparge raios intensos e fúlgidos que, além de iluminar, aquecem e vivificam.
O sol mesmo é luz; a lua não é reflete a luz recebida. Assim a fé: é força comunicativa que, do coração de quem a tem, passa reflexamente para o coração de outrem, gerando neste a esperança.
Jesus tinha fé. Seus apóstolos e discípulos tinham esperança gerada pela fé exemplificada de seu Mestre. Os corações que de Jesus se aproximam e estabelecem com ele certa comunhão iluminaram-se com a luz patente do seu imaculado espírito.
A lua clareia os caminhos. O sol alumia e fecunda a estrada da vida. A lua é poética, faz cismar e sonhar. O sol é energia: movimenta, vivifica, ativa e produz. A luz amortecida do satélite da Terra mostra os obstáculos; a luz brilhante e vívida do sol distingue e remove os tropeços da senda do destino.
Assim, a esperança faz nascer no coração do homem as boas e nobres aspirações; só a fé, porém, as realiza. A esperança sugere, a fé concretiza. A esperança desperta nos corações o anseio de possuir luz própria; conduz, portanto a fé. Quem alimenta esperança está, invariavelmente, sob o influxo da fé oriunda de alguém. A força da fé é eminentemente conquistadora. Quem admira os exemplos e os feitos edificantes põe-se desde logo em harmonia com o poder de quem os realizou. Este projeta naquele suas influências benfazejas: é o sol fazendo a lua refletir a sua luz, ou seja, a fé gerando a esperança.
Benvinda seja a esperança! Bendita seja a fé! Uma e outra espancam as trevas interiores. Que seria da alma encarcerada na carne se não houvesse fé, nem esperança!
Se é doce ter esperança, é valor e virilidade ter fé. Se a esperança gera o desejo, a fé gera o poder. Se a esperança suaviza o sofrimento, a fé neutraliza seus efeitos depressivos. Finalmente, se a esperança sustenta o homem nas lutas deste século, a fé assegura desde já a vitória da vida sobre a morte.
E a caridade? Da caridade nada podemos dizer, porque - a caridade é amor - e o amor é o indivisível, o incomparável; sente-se como a mesma vida: não se define.
Vinícius

domingo, 26 de julho de 2009

O amor

Só há um jugo suave, só há um fardo leve: o amor.
Só há uma servidão que não avilta, antes enobrece: a servidão do amor.
O amor é jugo, porque prende; é fardo porque se faz sentir. Mas é fardo leve e jugo suave, porque se faz sentir. Mas é fardo leve e jugo suave, porque pesa com brandícia e liga com doçura.
O amor prende com plena aquiescência do mesmo prisioneiro: daí porque é doce a sua prisão.
A escravidão do amor é a única que enobrece, porque o próprio senhor se torna, a seu turno, escravo, em pleno exercício de sua soberania. O rei e o vassalo se confundem no amor, pois ambos reinam um sobre o outro, e ambos se submetem reciprocamente ao mesmo reinado e à mesma vassalagem!
No amor não há constrangimento: todos os seus atos e todos os seus gestos são naturais, são espontâneos, são voluntários.
Só o amor possui o segredo da felicidade, porque é só através do amor que todos podem viver a vida de cada um, e cada um pode viver a vida de todos. Ora, a felicidade não é outra coisa senão a mesma vida bem vivida, isto é, vivida em abundância, em toda a sua plenitude.

Texto extraído do livro "Em torno do mestre", Vinícius

terça-feira, 21 de julho de 2009

O Caminho, a Verdade e a Vida

Jesus reúne em si mesmo as duas naturezas: humana e divina. Humana, porque, como disse Paulo, se apresentou na Terra em semelhança da carne do pecado. Divina, porque desceu do céu: não era deste mundo.
Jesus Cristo humano é a imagem do homem atingindo o supremo grau de perfeição na escala hominal: é o homem sublimado. Daí por diante cessa a escala humana e começa a divina: extingue-se o hominal, consumando-se a ressureição do espiritual. A medida que o hominal diminui, cresce o espiritual, que acaba por absorvê-lo. Jesus é o modelo, é o arquétipo dessa metamorfose sublime. É o espelho que foi dado ao homem para que ele pudesse ver, num reflexo vivo, a transição do humano para o divino.
Para tornar-se, como se tornou , "o caminho, a verdade e a vida" , Jesus realizou no cenário terreno, aos olhos da Humanidade, a trajetória que o homem há de realizar na conquista gloriosa dos seus destinos.
Bendito seja o Filho de Deus que, para salvar o mundo, não mediu sacrifícios. Baixou la do alto, nivelando-se aos cá de baixo; e, mesmo na baixeza humana, tomou o derradeiro plano, nascendo num estábulo e morrendo numa cruz.

Vinícius

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Cântico a Deus


Quanto é misericordioso o Senhor nosso Deus!
Sua misericórdia é mais ampla do que o mar.
Sua afetuosa bondade envolve a terra e o céu,
E suas palavras são júbilo para o meu coração.
Quem pode conhecer o Senhor e Seus sagrados pensamentos?
As colinas O conhecem, ou as cinzentas montanhas?
Ou a vasta região inculta onde o homem não chega?
Ou o tigre em seu caminho, ou as árvores solitárias em sua majestade?
Ou a mulher que adormece com um infante ao seio,
Ou o moribundo sozinho em sua dor? Ou os rios dourados
Que correm para os oceanos, ou os jardins de madrugada?
Nos lugares mais secretos Ele é conhecido!


Extraído do livro: "Médico de Homens e de almas, Taylor Caldwell.

Perdoar e esquecer


Perdoar e esquecer são as duas chaves da paz.
Se o seu carinho não encontra eco na paisagem ambiente, desculpe e olvide a indiferença do meio e avancemos para adiante, ao encontro de nossas realizações.
Se o seu trabalho não consegue a retribuição dos que lhe seguem os passos no grande caminho, perdoe e esqueça, a fim de que a sua boa vontade frutifique em alegria e progresso.
Se o seu sacrifício não recolhe a compreensão dos outros, desculpe e olvide, perseverando no bem, porque o bem situar-lhe-á o espírito na vanguarda de luz.
Perdoar é o segredo sublime do triunfo na subida para Deus; e esquecer o mal é harmonizar nossa alma com as criaturas, habituando-nos à solução de todos os problemas.
Desprendamo-nos de tudo aquilo que na Terra constitua prisão para nossa alma, perdoando e esquecendo sempre, e encontraremos o caminho interior da Grande Ascensão.

Agar

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Alegria

Não ouvides que o mundo é um palácio de alegria onde a bondade do Senhor se expressa jubilosa.
O sol desce sobre o pântano em sublime exaltação de luz. A flor endereça ao firmamento permanente mensagem de perfume. O vento que toca a essência das árvores é um cântico de ninar...
A fonte corre sobre a areia e desliza sobre o pedregulho com a serenidade de quem exerce um divino mandato; a semente vence a sombra da cova fria, convertendo-se em lavoura de esperança; e a espiga madura sofre o processo de trituração com a digna humildade de quem se vê feliz no enriquecimento da mesa...
Não te esqueças, assim, de que a alegria é o nosso dever primordial, no desempenho de todos os deveres que a vida nos assinala.
Se trabalhas, sê contente na obrigação que te engrandece e renova, para que o estímulo reine em torno de teus passos; se repousas, que o teu pensamento vibre a felicidade da alma fiel ao bem, para que a tua atmosfera mental seja ninho de bênçãos.
Se sofres, sê otimista com a esperança; se lutas, não percas a lâmpada milagrosa da fé viva que te clareia a senda para a vanguarda da luz!
Se falham teus sonhos de estabilidade na Terra, usa a paciência construtiva que te reserva bênçãos maiores do amanhã que desconheces; se tudo é desequilíbrio e flagelação ao teu lado, sê feliz com a tua esperança a irradiar-se em orações silenciosas de compreensão e de amor.
Deus legou-nos a alegria por divina herança no mundo.
Trabalha, procurando-a e, hoje mesmo, o nevoeiro da amargura dissipar-se-á em teu caminho, porque pela graça do serviço de nossos semelhantes, a alegria nascerá dentro de nós mesmos, transformando-se em estrela divina a fulgurar imorredoura em nosso próprio coração.

José de Castro

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Oração a Maria de Nazaré



Maria mãe espiritual de toda humanidade, saudamos-te cheia de graça e pedimos a assistência para os abandonados, força para os fracos, luz para os cegos espirituais, amparo aos caídos, alimento para os famintos de amor e paz para os prisioneiros do ódio.

Sede Senhora o abrigo para todos nós, pequenas sementes que o jardineiro de Deus, vosso filho todos os dias sai para semear nas veredas divinas, nós que ainda teimamos no desejo que nos aprisiona a terra, longe do sol da verdade e da brisa do amor. Mas vós que sois estandarte ao lado do Senhor livrai-nos da morte e nos prestai assistência dando-nos a claridade do vosso coração de mãe amorosa.
Abrigo dos que sofrem, em vosso colo enveredamos nossa cabeça, na certeza de que ouviremos do vosso lábio de mulher e mãe esta rogativa, meu Deus concede-lhes o perdão porque crianças são ainda, precisando e muito do pastor divino, Jesus Cristo, para que esteja presente em nossos corações por todos os séculos.

Bezerra de Menezes

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Oportunidade e Essencialidade

Vez por outra, surgem situações em que se faz especialmente importante recordarmos a lição do nosso Divino Mestre, quando recomendou aos seus discípulos a prudência das serpentes.
No exercício de nossas tarefas de mordomia, na Seara do Senhor, é particularmente indispensável vigiarmos, para que ideias generosas e preocupações honestas não se transformem, por inoportunidade ou inadequação de abordagem, em pedras de tropeço para programações que se desenvolvem com felicidades e vêm produzindo frutos opimos.
Recordemos que embora o Mestre dos Mestres tudo pudesse ter esclarecido aos homens, diretamente e de modo cabal, quando da sua missão terrena, soube atender à oportunidade das circunstâncias e preferiu anunciar, para dias futuros, o Consolador que enviaria para, no tempo certo, tudo explicar minuciosamente.
Devemos ainda ter em mente que o senso de oportunidade não é apenas uma virtude para quem ensina, é também uma obrigação de quem administra.
O Mestre Supremo nos dá sempre a exemplificação de infinita cautela e insuperável capacidade de vigilância, quando permite que cresçam, em nós mesmos, lado a lado, o joio e o trigo, a fim de que uma ceifa prematura não atinja indiscriminadamente a ambos.
A visão lúcida que necessitamos desenvolver nos mostrará, sem maiores dificuldades, como e em que medida poderemos adotar providências cabíveis e indeclináveis para proteger as boas obras e transformar ou neutralizar as obras más, de forma que a evolução se processe com o mínimo possível de atritos e o máximo possível de bons resultados.
Torna-se cada vez mais urgente que centralizemos nossa visão no essencial, compreendendo que o propósito do bem é sempre o mais importante em nossas lides evangélicas.

Áureo

domingo, 24 de maio de 2009

Nos braços da esperança

Mantém-te firme na luta o ânimo forte,
Na fé que não renega nem descansa,
E aguarda paciente a primavera,
Nos braços da esperança.
Embora a noite escorra escura e treva
E tarde a luz solar, que a tudo alcança,
Trabalha sempre, agasalhando o peito
Nos braços da esperança.
O amor é o selo eterno que garante
Da ventura imortal a santa aliança.
Acolhe-o n´alma...e acolhe-te a ti mesmo
Nos braços da esperança.
Por mais dura e cruel seja a batalha,
A vitória final toda alma alcança,
Se trabalha, se serve e se perdoa,
Nos braços da esperança.
Nina

Em homenagem a minha amiga, Milena, que se recupera de acidente...
Milena, tenha Fé em Deus que nunca nos desampara!!
Ele te ama e eu também!
Força e coragem, paz e esperança!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Ânimo Cristão

Contrariamente ao que muitos possam presumir, a mensagem do Evangelho não é vivenciável pelos covardes de ânimo, nem pelos de pouca fé, mas somente por quem já adquiriu a serena coragem dos pobres de espírito, dos famintos de justiça e dos puros de coração. Ela não serve para os que ainda se comprazem no egoísmo, para os temerosos do mundo, para os que, receosos de abraçar a própria cruz, são ainda incapazes de seguir as pegadas do Mestre e de avançar com Ele à luz do dia e aos olhos da multidão.
Quantos pretendam um condutor acomodatício e maneiroso, um instrutor dúbio e oportunista, um guia preocupado em escolher caminhos floridos e fáceis, para realizações amenas e efêmeras, certamente se enganarão se procurarem Jesus.
Cristo é mestre de coragem e de renúncia, que jamais se esquivou aos testemunhos ásperos da verdade e do trabalho e foi fiel a Deus até o supremo sacrifício de si mesmo.
Comodidades e aplausos, doçuras perenes e obras de aparência, não se encontram na sua messiânica exemplificação de austera e veraz simplicidade. Na seara das realidades crísticas, ninguém encontrará senão o pão vivo do bem-fazer e a água lustral do suor edificante. A cátedra do Excelso Ensinador é a da renovação para a eternidade e não a da ilusão falaz que só dura um rápido minuto fugidio.
Firmemo-nos, assim, na sagrada disposição e no corajoso desprendimento de quem aceita a honra do Celeste Convite para construir, com Jesus, o Reino de Deus pedra a pedra, tijolo a tijolo, palmo a palmo, nas sombras e nos charcos do abismo.
O desafio que a Excelsa Bondade faz ai cristão é o chamamento a uma luta que não conhece quartel, que não sabe o que sejam armistícios ou acomodações com o mal.
se o nosso coração já amadureceu bastante para aceitá-lo, tomemos nosso cajado e varemos confiantes a noite em que as circunstâncias transitórias nos obriguem a caminhar. Afinal, sabemos para onde vamos, conhecemos o rumo certo e temos a visão clareada pela luz que vem de Cima.
Jesus segue à nossa frente. Que possamos segui-lo, valorosamente, deve ser nossa sincera oração de todos os dias ao Pai que está nos Céus.
Jacó

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Ao Mestre


Meu jesus, se o peito exausto,
De angústia e mágoa se oprime,
No emergir do mar do crime
Para as venturas do amor,
Ampara a luz inda incerta,
Que brilha, tímida e bela,
Por entre a negra procela
Das ventanias do horror!
Ajuda, Senhor querido,
O dealbar da esperança,
Que nos promete a bonança
Da paz augusta e louçã!
Que nossos pobres esforços,
Nossos sonhos, nossos prantos,
Se aureolem dos encantos
De um doce e claro amanhã!
Hernani T. Sant' Anna

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Não temas

Eu estava hoje a ler o livro Correio entre dois mundos de Hernani T. Sant´anna, e me deparei com um singelo, mas lindo texto que sei que foi direcionado a mim e repasso aqui no blog para todos os meus irmãos em Cristo.

Se serves a Jesus, irmão querido,
Não temas coisa alguma,
O Sol, cada manhã, vence a neblina
E desata uma aurora de esplendores
Por sobre o mar de bruma.
Mantendo o coração ligado a Cristo,
Nenhuma dor jamais te vencerá.
A alma leal pode vergar-se apenas,
Pode amargar nos braços do madeiro,
Mas a graça divina a susterá.
Importa que prossigas sempre amando,
Embora a cinza e a dor,
Pois além do horizonte em treva e fogo,
Para lá dos desertos e dos prantos,
Encontrarás o amor.

B. D´athayde

terça-feira, 14 de abril de 2009

Em saudação fraternal

Emmanuel

Meus amigos: que o Mestre nos ampare os corações.

Viajores de muitas romagens, irmãos de muitas empresas, não nos percamos uns dos outros, procurando alimentar, mais intensivamente, nossos antigos ideais de trabalho e renovação.
Não olvideis que o veículo de carne assume a importância de valioso e insubstituível instrumento de provisão do celeiro de nossa vida eterna.
Ontem, nos comprometíamos, em comum, com os poderes superiores que nos governam os destinos, hipotecando nossa boa vontade e empenhando os nossos sentimentos, na abençoada iniciativa da sementeira terrestre... Essa lavoura do espírito, contudo, reclama, de nós outros, atividade cada vez mais viva na extensão do bem.
Compreendemos que tudo vindes realizando ao alcance de nossas possibilidades na direção dos cimos; entretanto, o tempo urge e quanto mais puderdes edificar, certamente mais segurança improvisareis em favor de nós mesmos, no grande futuro.
A encarnação da alma no planeta que nos serve de multi-milenária escola, considerada no infinito do tempo, é semelhante ao voo do pássaro que se afasta momentaneamente do ninho, em busca de alimentação, do abrigo a que se recolhe, na fronde do arvoredo... Nossa consciência, quando na construção organogênica da carne, é simplesmente a ave da eternidade em ausência rápida do asilo sublime em que residimos na Vida Superior.
Não temais a luta e a dor, antigas mestras de nosso aperfeiçoamento moral. Com o valioso concurso delas, é possível enriquecer o farnel de nossos conhecimentos, recursos com que havemos de prover a nossa casa imperecível do amanhã.
Resgatemos nossas dívidas do passado, valorizando o presente, no levantamento do porvir. As dificuldades e os obstáculos são cinzéis preciosos nas mãos do Eterno Escultor que nos deseja incorporar à glória divina da eterna beleza.
Saudando-vos, pois, como sempre, nesta abençoada noite de fraternidade, oração e esperança, pedimos ao Senhor nos conserve unidos e felizes na tarefa que nos cabe cumprir, hoje e sempre.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Na ascensão

Rodrigues de Abreu

Poderás, em verdade,
Exercer facilmente
O nobre auxílio aos outros.
Não te custa sorrir
Para os filhos da dor
Que choram desolados
Quando brilha a alegria
No caminho em que avanças.
Não te pesa entregar
A quem sofre com fome
Quanto te sobra à mesa
Na graça da abastança.
Não te pesa o consolo
Quando a calma te ajuda,
Nem te fere amparar
A quem geme na sombra
Quando há sol em teu peito,
Sob as bênçãos do céu...
Mas o auxílio a ti mesmo
Nas chagas da amargura,
Pelo santo remédio
Da humildade e da paz,
É sempre o sacrifício
E a renúncia em ação.
Se desejas, portanto,
Redimir a ti próprio,
Se procuras, na vida,
O socorro a ti mesmo,
Aprende a caminhar
Sob a cruz do dever,
Aceitando na dor
O bálsamo divino...
Se pretendes subir
Ao calvário da glória,
Procurando com Cristo
A eterna redenção,
recebe em cada golpe
Da jornada terrestre,
O generoso impulso
Da vida que te eleva
Dos abismos da treva
Aos píncaros da luz.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Prece do entendimento


Agradeço as bênçãos que me deste, sem que eu soubesse compreendê-las.

Roguei-te paz e me enviaste as tribulações que me tumultuaram o recanto de ação, compelindo-me a lutar, por dentro de mim, para asserenar aqueles que me cercam somente após reconhecê-los tranqüilos é que notei a paz de todos eles, habitando-me o coração.

Supliquei-te defesa e determinaste que forças contrárias ao meu reconforto me atingissem o espírito e o ambiente em que me encontro, obrigando-me a longo esforço para criar refúgio e apoio para quantos me confiaste ao amor e, apenas depois de observá-los felizes, é que reconheci comigo a alegria de todos eles em forma de segurança.

Obrigado, Senhor, porque não me doaste aquilo de que eu precisava, segundo as minhas requisições e sim de acordo com minhas necessidades.

E agradeço, ainda, porque me mostraste, sem palavras, a significação do ensino que transmite ao teu apostolo da humildade:

- "É dando que se recebe."

MEIMEI

terça-feira, 24 de março de 2009

Nosso Eu


Meimei

"Nosso "eu" é uma concha de trevas que não nos deixa perceber, senão a nós mesmos.
Espelho mentiroso, que a vaidade forja na esfera na esfera acanhada de nosso individualismo, reflete exclusivamente os nossos caprichos e os nossos desejos, impedindo a penetração da luz.
Aí dentro, nossas dores, nossas conveniências e nossos interesses, surgem sempre exagerados, induzindo-nos à cegueira e ao isolamento.
Mas o Senhor, que se compadece de nossas necessidades, concede-nos, com a cruz de nossas obrigações diárias, o instrumento da libertação. Suportando-a com fé e valor, entre os dons da confiança e as bênçãos do trabalho, crucificamos, cada dia, uma parcela de nossa personalidade inferior, a fim de que nosso espírito - gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus - possa ser lapidado para a imortalidade gloriosa."

domingo, 22 de março de 2009

Deus e sua magnitude!!


Estava a ler o livro "Nosso Lar" de André Luiz, e fiquei extremamente encantada, em especial, com um trecho em que ele relata:
"(...)- Vamos à Natureza.
Acompanhei-a sem hesitação, e ela, notando-me a estranheza,
acentuou:
- Não só o homem pode receber fluidos e emiti-los. As forças naturais
fazem o mesmo, nos reinos diversos em que se subdividem. Para o caso do nosso enfermo, precisamos das árvores. Elas nos auxiliarão eficazmente.
Admirado da lição nova, segui-a, silencioso. Chegados a local onde se
alinhavam enormes frondes, Narcisa chamou alguém, com expressões que
eu não podia compreender. Daí a momentos, oito entidades espirituais
atendiam-lhe ao apelo. Imensamente surpreendido, vi-a indagar da
existência de mangueiras e eucaliptos. Devidamente informada pelos
amigos, que me eram totalmente estranhos, a enfermeira explicou:
- São servidores comuns do reino vegetal, os irmãos que nos
atenderam.
E, à vista da minha surpresa, rematou:
- Como vê, nada existe de inútil na Casa de Nosso Pai. Em toda parte,
se há quem necessite aprender, há quem ensine; e onde aparece a
dificuldade, surge a Providência. O único desventurado, na obra divina, é o
espírito imprevidente, que se condenou às trevas da maldade.
Narcisa manipulou, em poucos instantes, certa substância com as
emanações do eucalipto e da mangueira e, durante toda a noite, aplicamos o
remédio ao enfermo, através da respiração comum e da absorção pelos
poros."(...)

Como podemos ver DEUS em sua infinita sabedoria e misericórida em tudo habita e tudo suporta por amor a nós, seus filhos em constante evolução...cuidemos pois dos vegetais e dos animais do "nosso lar" em matéria tempória para a glória do Nosso Senhor Jesus Cristo.

terça-feira, 17 de março de 2009

Estados de Alma

Lourenço Prado
"A doutrina Espírita, reafirmando positivamente a Doutrina do Cristo, não tem bases físicas.
Ergue-se de fato em fato, de exemplo em exemplo e de lição em lição, no plano das consciências, para outros planos da consciência.
Amparemos visão e raciocínio, desmaterializando pensamentos. O desapego real não se circunscreve apenas às posses. do efêmero, atinge igualmente as ideias terra-a-terra...
Cessem para nós todos os enganos que nos intoxicam há séculos.
Não te faças adversário de ti mesmo. Só a consciência é eterna.
As próprias colônias enobrecidas, estruturadas em matéria rarefeita na Espiritualidade, são transitórias...
Evitemos substituir simplesmente as noções de inferno por umbral ou de céu por esferas espirituais, alimentando velhas ilusões da mesma forma.
Planos da inteligência existem por toda parte - numerosos e variados -; entretanto, o estado íntimo alma é pessoal e inalienável, tanto comigo ou contigo, quanto com qualquer criatura de Deus.
Acostuma-te a raciocinar, não em termos de condição de espaço, mas em termos de estados de alma, isto é, não aguardes o chamado céu ou o chamado paraíso, algures no Universo, nem mesmo nas Estâncias Resplandecentes da Vida Maior.
Habitua-se a pensar que céu ou paraíso são atmosferas inferiores do Espírito, em todos os lugares, e que podem ser fruídos por ti, desde já, onde te encontras.
Observa e conhecerás que muitas vezes consegues viver no paraíso: quando recebes o júbilo inesperado; quando choras espontaneamente de alegria; quando te achas no anseio da oração em clima de absoluto desinteresse; quando te surpreendes em harmonia no próprio ser, longe de qualquer laivo de malquerença diante dessa ou daquela situação; quando te reconheces doente no corpo, mas de espiríto robusto, sofrendo, mas de coração levantado ao clarão da fé, cansado, mas de consciência livre...
Reflete e concluirás que vezes outras, ainda que o desejes, transformas a existência num inferno emocional: quando te deixas possuir pela cólera; quando sucumbes às provocações do egoísmo e do orgulho; quando não te dispõe ao perdão sincero; quando te revoltas ou desanimas...
Se não somos da Terra, não olvidemos que a Terra é o caminho...
Desencarnar não resolve: a morte não é a solução espiritual em definitivo para ninguém. Aí, quanto aqui, encontrarás a necessidade premente de toda hora: a vivência da caridade pura...
Reaviva as próprias lembranças acerca de Jesus: ingratidão e perseguição por parte de outros, com devotamento e serviço incessantes por parte de si próprio, são as únicas medalhas de honra que o Espiríto vitorioso carreia deste mundo na direção de outros mundos, até à plena integração de si mesmo na luz da Suprema Luz."

segunda-feira, 9 de março de 2009

A dor


"A dor é a nossa companheira até o momento de nossa integração total com a Divina Lei.
Recebe-nos no mundo, oculta nos berços enfeitados, espreita-nos no colo materno e segue-nos a experiência infantil...
Depois, observa-nos a mocidade, misturando seus raios, quase sempre incompreensíveis, com os nossos cânticos de esperanças e, atravessando o pórtico de nossa comunhão com a madureza espiritual, incorpora-se à nossa luta de cada instante...
Respira conosco, infatigavelmente marcha ao nosso lado, passo a passo, e, ainda que não queiramos, lê, sem palavras para o nosso coração, a cartilha da experiência.
Então, algo renovador se realiza dentro de nós, sem que percebamos, e um dia, comparece em nossa estrada, conduzindo-nos à morte e à aparente separação; mas, se aceitamos as bênçãos do seu apostolado sublime, converte-se, a estranha companheira dos nossos destinos, em suave benfeitora, preparando-nos para a vitória divina, de vez que só ela é bastante forte e bastante serena para sustentar-nos até o ingresso feliz, no Reino Celestial."
Meimei

quarta-feira, 4 de março de 2009

Cartão Fraterno

"Abre teu coração à luz divina
Para que a luz do amor de ti desponte.
E subirás, cantando, o excelso monte
Que de bençãos celestes se ilumina.

Honra a luta na terra que te inclina
A sublime largueza de horizonte.
A nossa dor é a nossa própria fonte de profunda verdade cristalina.

Quebra a escura cadeia que te isola!
Faze do teu caminho a grande escola
De renascente amor, puro e fecundo!

Deixa que o Cristo te penetre a vida
E que sejas, do Mestre, a chama erguida,
A luminosa redenção do mundo."

Luiz Guimarães

Livro: Relicários de Luz,
Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Comecemos por nós mesmos!

"Ensina a caridade, dando aos outros algo de ti mesmo, em forma de trabalho e carinho; e aqueles que te seguem os passos virão ao teu encontro oferecendo, ao bem, quanto possuem.
Difunde a humildade, buscando a Vontade Divina com esquecimento dos teus caprichos humanos; e os companheiros de ideal, fortalecidos por teu exemplo, olvidarão a si mesmos, calando as manifestações de vaidade e de orgulho.
Propaga a fé, suportando os reveses de teu próprio caminho, com valor moral e fortaleza infatigável; e quem te observa, crescerá em otimismo e confiança.
Semeia a paciência, tolerando construtivamente os que se fazem instrumentos de tua dor no mundo, ajudando sem desânimo e amparando sem reclamar; e os irmãos que te buscam mobilizarão os impulsos de revolta que os fustigam, na luta de cada dia, transformando-a em serena compreensão.
Planta a bondade, cultivando com todos a incansável gentileza; e os associados de tua luta encontrarão contigo a necessária inspiração para o combate à maldade.
Estende as noções do serviço e da responsabilidade agindo incessantemente na religião do dever bem cumprido; e os amigos do teu círculo pessoal envergonhar-se-ão da preguiça.
As boas obras começam de nós mesmos.
Educaremos, educando-nos.
Não faremos a renovação da paisagem de nossa vida, sem renovar-nos.
Somos arquitetos de nossa própria estrada e seremos conhecidos pela influência que projetamos naqueles que nos cercam.
Que o espírito de Cristo nos infunda a graça do auto-aprimoramento, para que nos façamos intérpretes do Espírito Santo.
A caridade que salvará o mundo há de regenerar-nos primeiramente.
Sigamos, pois, ao encontro do Mestre, amando, aprendendo e servindo; e o Mestre, hoje ou amanhã, virá ao nosso encontro, premiando-nos o esforço com a divina ressurreição."
Emmanuel

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Ide e Pregai

"Ide e ascendei, cantando, o sol do Novo dia
Na graça, da verdade augusta e soberana,
Estendendo, em Jesus o amor que nos irmana,
Para a glória da paz, do bem e da alegria.
Ao clarão do Evangelho, a treva densa e fria,
Na vastidão hostil da iniquidade humana,
Em que a Terra mortal chora e se desengana,
Converte-se em lição de bondade e harmonia.
Ide e pregai, com Cristo, o excelso Mundo Novo,
soerguendo e amparando o coração do povo!
serviço é tradução da luz que nos governa.
Instruí, consolai e erguei na luta imensa.
E, ainda agora entrareis por santa recompensa,
no Reino do Senhor, em Majestade Eterna."

Amaral Ornellas

Livro: Relicários de Luz,
Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Perseverar


...perseveremos no bem sobretudo.
...a estrada provavelmente se nos erigirá lodacenta ou agressiva pelos tropeços e espinhos que apresente ...
Perseveremos servindo para transpô-la.
...o ambiente terá surgido carregado de nuvens, na condensação de injúrias ou incompreensões que nos circundem...
Perseveremos ofertando aos outros o melhor de nós em favor dos outros e os outros nos auxiliarão para vencer as sombras e dissipá-las.

...ansiedades e esperanças nos visitam a alma, transformando-se em obstáculos para a obtenção da alegria que nos propomos alcançar...
Perseveremos agindo na prática do bem e, dentro desse exercício salutar de sublimação, surpreenderemos, por fim, a região de acesso às bênçãos que buscamos.

...as lutas e desafios se nos avolumam na marcha...
perseveremos na humildade e na paciência que nos garantirão a segurança e a tranqüilidade das quais não prescindimos para seguir adiante.

...discórdias e problemas repontam das tarefas a que consagramos as nossas melhores forças...
Perseveremos na serenidade e na elevação, dentro dos encargos que nos assinalem a presença onde estivermos, e seremos aqueles ingredientes indispensáveis de união e de paz nos grupos do serviço de que partilhamos atendendo às obrigações que nos competem ao espírito de equipe.

...filhos, provas e tribulações, pedras e espinhos, conflitos e lágrimas, desarmonias e empeços existirão sempre na estrada que se nos desdobra à visão...
no entanto, se é fácil começar o apostolado do amor, é sempre difícil continuar em direção do remate vitorioso.

...perseverar é o impositivo de que não nos será lícito fugir...
Perseverar trabalhando e servindo, entendendo e edificando, aprendendo e redimindo...
...perseverar sempre de modo a nunca desanimar na construção do bem a fim de merecermos o bem maior.



Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Chico Xavier. Livro: Bezerra, Chico e Você.

Caridade em Marcha


"Não sigais descuidadosamente.
Compassai movimentos ao ritmo da ternura, no trato de todos os prisioneiros da provação que nem mesmo se percebem no sofrimento maior.

Crianças que, durante o dia, engolem a poeira alegremente e, à noite, entrebatem os próprios dentes sob o vento gelado, a tremer sem sentir.

Escolares sem escola, alentando os vermes que lhes comem, vorazes, as entranhas anêmicas.
Mocinhas que fogem de pensar nos problemas que lhes retalham a vida, cantarolando a modinha antigramatical.

Rapazes analfabetos que conhecem a moradia pela forma dos edifícios e as cédulas pela cor.
Operários tuberculosos que vomitam sangue no intervalo dos seus próprios serviços.
Colonos que enganam o estômago famulento com porções de água salobra, em choças sem espaço, sem ar e sem luz.

Lidadores que aceitam as doenças mais graves por férias forçadas para quebrar a monotonia.
Irmãos nossos que a obsessão escraviza à garrafa.
Homens precocemente envelhecidos que conversam sobre os mesmos assuntos de há dez anos. E aquele indigente que procuramos para dar um vintém e que já foi enterrado, há muito tempo, em lugar que ninguém sabe...
Enquanto respirarem semelhantes companheiros padecentes que esperam e se desesperam perto de nós, quais figuras humanas a se esfumarem na margem do caminho que perlustramos, é natural que a alegria perfeita fuja de nós.

Servi o próximo incansavelmente, agora, para que a bondade vos seja inata na próxoma encarnação.

Não apelamos aqui somente para os Espirítos encarnados que enfrentam a prova da fortuna e que, em muitas ocasiões, já são ricos amoedados antes de renascer...
Dirigimo-nos especialmente aos irmãos de luta vulgar, aos companheiros anônimos, ainda mais afortunados que os milionários da Terra, pelo conhecimento espiritual que possuem, e cujas existências vezes e vezes, se compõem de horas perdidas e esvoaçantes, na atmosfera das expectativas inúteis.
O espírita-cristão será sempre um homem de instrumentos diversos que busca desempenhar funções multiformes, segundo as injunções em que vive.

Será enfermeiro, consolando os doentes; condutor, dirigindo cegos; preceptor, instruindo crianças; costureiro, vestindo nus; cozinheiro, saciando famintos; mentor, indicando rumo certo aos vizinhos desorientados; pai, junto aos filhos de ninguém, e irmão de quem passe ou lhe surja à frente.

Distribuamos, de alma a cantar, o pão, a veste e o livro; o sorriso, a palavra e a oração; o consolo, a esperança e a fé...

Caridade em marcha!

Se Jesus é o nosso Amigo Constante, é também o Mestre de Sempre, a recorda-nos em cada trecho da vida: -"Em verdade vos digo que, quando fizerdes a um destes meus pequeninos irmãos, é a mim que o fazeis."
Bezerra de Menezes

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Sugestões de Livros

Como havia prometido seguem abaixo mais indicações de Livros Espíritas:

  • Nosso Lar (Chico Xavier/André Luiz);
  • Sinal verde (Chico Xavier/André Luiz);
  • A Caminho da Luz (Chico Xavier/Emmanuel);
  • Vinha de Luz (Chico Xavier/Emmanuel);
  • Violetas na Janela (Vera Lúcia M. de Carvalho/Patrícia);
  • Vivendo no Mundo dos Espíritos (Vera Lúcia M. de Carvalho/Patrícia);
  • A Casa do Escritor (Vera Lúcia M. de Carvalho/Patrícia);
  • O Vôo da Gaivota (Vera Lúcia M. de Carvalho/Patrícia);
  • Quando Chega a Hora (Zíbia Gasparetto/Lucius);
  • Ninguém é de Ninguém (Zíbia Gasparetto/Lucius);
Vale salientar que aqui mesmo na internet podemos encontrar esses livros e muitos outros totalmente grátis para download, então amigos vamos a leitura e ao nosso engrandecimento espiritual.

Abraço fraterno

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O Instante Divino


"Não deixes passar, despercebido, o teu divino instante de ajudar.
Surge, várias vezes nos sessenta minutos de cada hora, concitando-te ao enriquecimento de ti mesmo.
Repara, vigilante.
Aqui, é o amigo que espera uma frase de consolo. Ali, é alguém que te roga insignificante favor.
Além, é um companheiro exausto no terreno árido das provas, na expectativa de um gesto de solidariedade.
Acolá, é um coração dorido que te pede algumas páginas de esperança. Mais além, é um velhinho que sofre e a quem um simples sorriso teu pode reanimar.
Agora, é um livro edificante que podes emprestar ao irmão de luta. Depois, é o auxílio eficiente com que será possível o socorro ao próximo necessitado.
Não te faças desatento.
Não longe de tua mesa, há quem suspire por um caldo reconfortante. E, enquanto te cobres, feliz, há quem padeça frio e nudez, em aflitiva expectação.
As horas voam.
Não te detenhas.
Num simples momento, é possível fazer muito.
Ao teu lado, a multidão das necessidades alheias espera por teu braço, por tua palavra, por tua compreensão...
Vale-te, pois, do instante que foge e semeia bênçãos para que o mundo não se empobreça de miséria, e em se fazendo hoje mais rico de amor, possa fazer-te amanhã, mais rico de luz."


José de Castro



Livro: Relicários de Luz
Francisco C. Xavier

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Pensamento de André Luiz:


"Humildade sem subserviência.
Dignidade sem orgulho.
Devotamento sem apego.
Alegria sem excesso.
Liberdade sem licenciosidade.
Firmeza sem petulância.
Fé sem exclusivismo.
Raciocínio sem aspereza.
Sentimento sem pieguice.
Caridade sem presunção.
Cooperação sem exigência.
Respeito sem bajulice.
Valor sem ostentação.
Coragem sem temeridade.
Justiça sem intransigência.
Admiração sem inveja.
Otimismo sem ilusão.
Paz sem preguiça."

(André Luiz, livro 'Caminho Espírita')

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Fazer o bem sempre!


" A cada um de nós compete uma tarefa específica, na difusão do bem.
Erga-se, para trabalhar, porque as tarefas são muitas e importantes e poucos são os quem têm consciência delas.
Ajude o mundo, para que o mundo possa ajudá-lo.
Estenda seus braços eficientes no cultivo do Bem, para que, quando os recolher, os traga cheios dos frutos abençoados da felicidade e do amor."

C. Torres Pastorino
Minutos de Sabedoria



Viva a Caridade!!