quinta-feira, 4 de junho de 2009

Oportunidade e Essencialidade

Vez por outra, surgem situações em que se faz especialmente importante recordarmos a lição do nosso Divino Mestre, quando recomendou aos seus discípulos a prudência das serpentes.
No exercício de nossas tarefas de mordomia, na Seara do Senhor, é particularmente indispensável vigiarmos, para que ideias generosas e preocupações honestas não se transformem, por inoportunidade ou inadequação de abordagem, em pedras de tropeço para programações que se desenvolvem com felicidades e vêm produzindo frutos opimos.
Recordemos que embora o Mestre dos Mestres tudo pudesse ter esclarecido aos homens, diretamente e de modo cabal, quando da sua missão terrena, soube atender à oportunidade das circunstâncias e preferiu anunciar, para dias futuros, o Consolador que enviaria para, no tempo certo, tudo explicar minuciosamente.
Devemos ainda ter em mente que o senso de oportunidade não é apenas uma virtude para quem ensina, é também uma obrigação de quem administra.
O Mestre Supremo nos dá sempre a exemplificação de infinita cautela e insuperável capacidade de vigilância, quando permite que cresçam, em nós mesmos, lado a lado, o joio e o trigo, a fim de que uma ceifa prematura não atinja indiscriminadamente a ambos.
A visão lúcida que necessitamos desenvolver nos mostrará, sem maiores dificuldades, como e em que medida poderemos adotar providências cabíveis e indeclináveis para proteger as boas obras e transformar ou neutralizar as obras más, de forma que a evolução se processe com o mínimo possível de atritos e o máximo possível de bons resultados.
Torna-se cada vez mais urgente que centralizemos nossa visão no essencial, compreendendo que o propósito do bem é sempre o mais importante em nossas lides evangélicas.

Áureo

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