terça-feira, 14 de abril de 2009

Em saudação fraternal

Emmanuel

Meus amigos: que o Mestre nos ampare os corações.

Viajores de muitas romagens, irmãos de muitas empresas, não nos percamos uns dos outros, procurando alimentar, mais intensivamente, nossos antigos ideais de trabalho e renovação.
Não olvideis que o veículo de carne assume a importância de valioso e insubstituível instrumento de provisão do celeiro de nossa vida eterna.
Ontem, nos comprometíamos, em comum, com os poderes superiores que nos governam os destinos, hipotecando nossa boa vontade e empenhando os nossos sentimentos, na abençoada iniciativa da sementeira terrestre... Essa lavoura do espírito, contudo, reclama, de nós outros, atividade cada vez mais viva na extensão do bem.
Compreendemos que tudo vindes realizando ao alcance de nossas possibilidades na direção dos cimos; entretanto, o tempo urge e quanto mais puderdes edificar, certamente mais segurança improvisareis em favor de nós mesmos, no grande futuro.
A encarnação da alma no planeta que nos serve de multi-milenária escola, considerada no infinito do tempo, é semelhante ao voo do pássaro que se afasta momentaneamente do ninho, em busca de alimentação, do abrigo a que se recolhe, na fronde do arvoredo... Nossa consciência, quando na construção organogênica da carne, é simplesmente a ave da eternidade em ausência rápida do asilo sublime em que residimos na Vida Superior.
Não temais a luta e a dor, antigas mestras de nosso aperfeiçoamento moral. Com o valioso concurso delas, é possível enriquecer o farnel de nossos conhecimentos, recursos com que havemos de prover a nossa casa imperecível do amanhã.
Resgatemos nossas dívidas do passado, valorizando o presente, no levantamento do porvir. As dificuldades e os obstáculos são cinzéis preciosos nas mãos do Eterno Escultor que nos deseja incorporar à glória divina da eterna beleza.
Saudando-vos, pois, como sempre, nesta abençoada noite de fraternidade, oração e esperança, pedimos ao Senhor nos conserve unidos e felizes na tarefa que nos cabe cumprir, hoje e sempre.

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