segunda-feira, 12 de julho de 2010

Criaturas ou filhos de Deus?

"A todos que o receberam, aos que crêem em seu nome, deu ele o direito de se tornarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus." (Evangelho)

A qualidade de filho pressupõe a de herdeiros. Os filhos herdam dos pais; herdam em todo sentido: - material e moral. Do físico, herdam traços fisionómicos que recordam a paternidade. Do moral - pela convivência; pelo exemplo e pela educação - herdam predicados e virtudes.
É por isso que certas crianças, logo à primeira vista, despertam na imaginação de quem as vê a lembrança dos seus pais. Nem sempre, convém notar, essa recordação é sugerida pelo plástico da criança, mas, particularmente, pela aura que a envolve. Essa aura, às vezes, acha-se tão em harmonia com o astral ascendente que a figura do pai como que aparece, numa cambiante, fundindo-se na figura do filho.
Segundo a palavra evangélica, o homem torna-se filho de Deus somente depois que aceita e põe
em prática a moral divina revelada por Jesus Cristo. Antes disso, é criatura de Deus, ou seja, filho presuntivo, apenas.
De fato, como ser filho sem ser herdeiro? Onde a herança paterna que testifique a filiação?
Deus é espírito, e em espírito verdade deve ser procurado. Como pode, portanto, o homem ser filho de Deus sem que reflita a imagem espiritual do Pai? Como pode ser filho de Deus se ainda não herdou os predicados e atributos que exortam o caráter da Divindade?
Como há de ser filho de Deus se vê Deus através da aura que o envolve?
Como há de o homem ser filho de Deus - que é puro espírito - se ele é todo animalidade, nada deixando transparecer de espiritual?
Em verdade, como acertadamente ensina o Evangelho, o homem só se tornará filho de Deus quando se decidir a acompanhar as pegadas de Jesus, quando se indentificar com o Cristo, o Unigênito do Pai neste planeta.

Vinícius

domingo, 11 de julho de 2010

A escola do coração

O lar, na essência, é academia da alma.
Dentro dele, todos os sentimentos funcionam por matérias educativas.
A responsabilidade governa.
A afeição inspira.
O dever obriga.
O trabalho soluciona.
A necessidade propõe.
A cooperação resolve.
O desafio provoca.
A bondade auxilia.
A ingratidão espanca.
O perdão balsamiza.
A doença corrige.
O cuidado preserva.
A renúncia liberta.
A ilusão ensombra.
A dor ilumina.
A exigência destrói.
A humildade refunde.
A luta renova.
A experiência edifica.
Todas as disciplinas referentes ao aprimoramento do cérebro são facilmente encontradas nas universidades da Terra, mas a família é a escola do coração, erguendo entes amados à condição de professores do espírito.
E somente nela conseguimos compreender que as diversas posições afetivas, que adotamos na esfera convencional, são apenas caminhos para a verdadeira fraternidade que nos irmana a todos, no amor puro, em sagrada união, diante de Deus.
***Emmanuel ***