quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Súplica do Natal

Amado Jesus:
na excelsa manjedoura
que te esconde a glória sublime
ouve a nossa oração!
Ajuda-nos
a procurar a simplicidade
que nos reúne ao teu amor...
Auxilia-nos
a renascer dentro de nós mesmos
buscando em ti a força
para sermos, em Teu Nome,
irmaõs uns dos outros!
Mestre do Eterno Bem,
sustenta as nossas almas
a fim de que a alegria
de servir e ajudar
nos ilumine a senda,
não somente na luz
de teu Santo Natal,
mas em todos os dias,
aqui, agora e sempre...

Aparecida

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Saulo e Paulo

Saulo, ardendo em zelos, perseguia desapiedadamente os primitivos prosélitos do Cristianismo nascente.
Dirigindo-se certa vez em Damasco, respirando ameaças por todos os poros contra os discípulos do Senhor, teve uma visão quando se aproximou daquela cidade. Subitamente brilhou em redor dele uma luz celeste que o envolveu completamente; e ouviu uma voz dizer-lhe, em tom claro e distinto: Saulo, Saulo, porque me persegues?
Aturdido com o insólito fenômeno, Saulo retruca: Quem és tu, que me falas? Eu sou Jesus a quem persegues, responde a voz do céu; mas levanta-te e entra na cidade, e lá saberás o que deves fazer.
Levantou-se Saulo, e, abrindo abrindo os olhos, nada viu; e, guiado pelas mãos de outrem, entrou em Damasco.
Esse acontecimento transformou Saulo, o inimigo do Cristo, em Paulo, o grande pioneiro, o arauto incomparável do Cristianismo de Jesus.
Ora, porque será que o Senhor se manifestou ostensivamente ao adversário declarado de sua igreja, provocando-lhe de tal maneira a conversão?
A razão é simples. Saulo era inimigo de Jesus, porque o desconhecia; e Jesus era seu amigo, porque sabia muito bem quem era ele.
A verdade tem tido, e terá em todos os tempos, inimigos; porém, ela não é inimiga de ninguém. A verdade sabe que os que a combatem o fazem na ignorância do que ela seja. E Jesus é a verdade.
Quando os Saulos chegam a perceber e a sentir o esplendedor da verdade, transformam-se logo em Paulos.
Demais, Saulo estava mais perto da verdade, perseguindo-a, que muitos dentre aqueles que a defendiam com os lábios.
A verdade não se deixa enganar; conhece perfeitamente os que dela se tornam dignos. Não julga pelas aparências; sonda o íntimo, penetra o âmago dos corações, revelando-se aos que de fato a buscam e querem.
O traço indelével do caráter de Saulo era a sinceridade. É precisamente esse o caminho que conduz à verdade. Combatendo embora o Cristo, Saulo ia, sem perceber, ao encontro da verdade, porque Jesus mesmo é a verdade.

Vinícius