domingo, 26 de julho de 2009

O amor

Só há um jugo suave, só há um fardo leve: o amor.
Só há uma servidão que não avilta, antes enobrece: a servidão do amor.
O amor é jugo, porque prende; é fardo porque se faz sentir. Mas é fardo leve e jugo suave, porque se faz sentir. Mas é fardo leve e jugo suave, porque pesa com brandícia e liga com doçura.
O amor prende com plena aquiescência do mesmo prisioneiro: daí porque é doce a sua prisão.
A escravidão do amor é a única que enobrece, porque o próprio senhor se torna, a seu turno, escravo, em pleno exercício de sua soberania. O rei e o vassalo se confundem no amor, pois ambos reinam um sobre o outro, e ambos se submetem reciprocamente ao mesmo reinado e à mesma vassalagem!
No amor não há constrangimento: todos os seus atos e todos os seus gestos são naturais, são espontâneos, são voluntários.
Só o amor possui o segredo da felicidade, porque é só através do amor que todos podem viver a vida de cada um, e cada um pode viver a vida de todos. Ora, a felicidade não é outra coisa senão a mesma vida bem vivida, isto é, vivida em abundância, em toda a sua plenitude.

Texto extraído do livro "Em torno do mestre", Vinícius

terça-feira, 21 de julho de 2009

O Caminho, a Verdade e a Vida

Jesus reúne em si mesmo as duas naturezas: humana e divina. Humana, porque, como disse Paulo, se apresentou na Terra em semelhança da carne do pecado. Divina, porque desceu do céu: não era deste mundo.
Jesus Cristo humano é a imagem do homem atingindo o supremo grau de perfeição na escala hominal: é o homem sublimado. Daí por diante cessa a escala humana e começa a divina: extingue-se o hominal, consumando-se a ressureição do espiritual. A medida que o hominal diminui, cresce o espiritual, que acaba por absorvê-lo. Jesus é o modelo, é o arquétipo dessa metamorfose sublime. É o espelho que foi dado ao homem para que ele pudesse ver, num reflexo vivo, a transição do humano para o divino.
Para tornar-se, como se tornou , "o caminho, a verdade e a vida" , Jesus realizou no cenário terreno, aos olhos da Humanidade, a trajetória que o homem há de realizar na conquista gloriosa dos seus destinos.
Bendito seja o Filho de Deus que, para salvar o mundo, não mediu sacrifícios. Baixou la do alto, nivelando-se aos cá de baixo; e, mesmo na baixeza humana, tomou o derradeiro plano, nascendo num estábulo e morrendo numa cruz.

Vinícius

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Cântico a Deus


Quanto é misericordioso o Senhor nosso Deus!
Sua misericórdia é mais ampla do que o mar.
Sua afetuosa bondade envolve a terra e o céu,
E suas palavras são júbilo para o meu coração.
Quem pode conhecer o Senhor e Seus sagrados pensamentos?
As colinas O conhecem, ou as cinzentas montanhas?
Ou a vasta região inculta onde o homem não chega?
Ou o tigre em seu caminho, ou as árvores solitárias em sua majestade?
Ou a mulher que adormece com um infante ao seio,
Ou o moribundo sozinho em sua dor? Ou os rios dourados
Que correm para os oceanos, ou os jardins de madrugada?
Nos lugares mais secretos Ele é conhecido!


Extraído do livro: "Médico de Homens e de almas, Taylor Caldwell.

Perdoar e esquecer


Perdoar e esquecer são as duas chaves da paz.
Se o seu carinho não encontra eco na paisagem ambiente, desculpe e olvide a indiferença do meio e avancemos para adiante, ao encontro de nossas realizações.
Se o seu trabalho não consegue a retribuição dos que lhe seguem os passos no grande caminho, perdoe e esqueça, a fim de que a sua boa vontade frutifique em alegria e progresso.
Se o seu sacrifício não recolhe a compreensão dos outros, desculpe e olvide, perseverando no bem, porque o bem situar-lhe-á o espírito na vanguarda de luz.
Perdoar é o segredo sublime do triunfo na subida para Deus; e esquecer o mal é harmonizar nossa alma com as criaturas, habituando-nos à solução de todos os problemas.
Desprendamo-nos de tudo aquilo que na Terra constitua prisão para nossa alma, perdoando e esquecendo sempre, e encontraremos o caminho interior da Grande Ascensão.

Agar