segunda-feira, 22 de junho de 2009

Alegria

Não ouvides que o mundo é um palácio de alegria onde a bondade do Senhor se expressa jubilosa.
O sol desce sobre o pântano em sublime exaltação de luz. A flor endereça ao firmamento permanente mensagem de perfume. O vento que toca a essência das árvores é um cântico de ninar...
A fonte corre sobre a areia e desliza sobre o pedregulho com a serenidade de quem exerce um divino mandato; a semente vence a sombra da cova fria, convertendo-se em lavoura de esperança; e a espiga madura sofre o processo de trituração com a digna humildade de quem se vê feliz no enriquecimento da mesa...
Não te esqueças, assim, de que a alegria é o nosso dever primordial, no desempenho de todos os deveres que a vida nos assinala.
Se trabalhas, sê contente na obrigação que te engrandece e renova, para que o estímulo reine em torno de teus passos; se repousas, que o teu pensamento vibre a felicidade da alma fiel ao bem, para que a tua atmosfera mental seja ninho de bênçãos.
Se sofres, sê otimista com a esperança; se lutas, não percas a lâmpada milagrosa da fé viva que te clareia a senda para a vanguarda da luz!
Se falham teus sonhos de estabilidade na Terra, usa a paciência construtiva que te reserva bênçãos maiores do amanhã que desconheces; se tudo é desequilíbrio e flagelação ao teu lado, sê feliz com a tua esperança a irradiar-se em orações silenciosas de compreensão e de amor.
Deus legou-nos a alegria por divina herança no mundo.
Trabalha, procurando-a e, hoje mesmo, o nevoeiro da amargura dissipar-se-á em teu caminho, porque pela graça do serviço de nossos semelhantes, a alegria nascerá dentro de nós mesmos, transformando-se em estrela divina a fulgurar imorredoura em nosso próprio coração.

José de Castro

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Oração a Maria de Nazaré



Maria mãe espiritual de toda humanidade, saudamos-te cheia de graça e pedimos a assistência para os abandonados, força para os fracos, luz para os cegos espirituais, amparo aos caídos, alimento para os famintos de amor e paz para os prisioneiros do ódio.

Sede Senhora o abrigo para todos nós, pequenas sementes que o jardineiro de Deus, vosso filho todos os dias sai para semear nas veredas divinas, nós que ainda teimamos no desejo que nos aprisiona a terra, longe do sol da verdade e da brisa do amor. Mas vós que sois estandarte ao lado do Senhor livrai-nos da morte e nos prestai assistência dando-nos a claridade do vosso coração de mãe amorosa.
Abrigo dos que sofrem, em vosso colo enveredamos nossa cabeça, na certeza de que ouviremos do vosso lábio de mulher e mãe esta rogativa, meu Deus concede-lhes o perdão porque crianças são ainda, precisando e muito do pastor divino, Jesus Cristo, para que esteja presente em nossos corações por todos os séculos.

Bezerra de Menezes

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Oportunidade e Essencialidade

Vez por outra, surgem situações em que se faz especialmente importante recordarmos a lição do nosso Divino Mestre, quando recomendou aos seus discípulos a prudência das serpentes.
No exercício de nossas tarefas de mordomia, na Seara do Senhor, é particularmente indispensável vigiarmos, para que ideias generosas e preocupações honestas não se transformem, por inoportunidade ou inadequação de abordagem, em pedras de tropeço para programações que se desenvolvem com felicidades e vêm produzindo frutos opimos.
Recordemos que embora o Mestre dos Mestres tudo pudesse ter esclarecido aos homens, diretamente e de modo cabal, quando da sua missão terrena, soube atender à oportunidade das circunstâncias e preferiu anunciar, para dias futuros, o Consolador que enviaria para, no tempo certo, tudo explicar minuciosamente.
Devemos ainda ter em mente que o senso de oportunidade não é apenas uma virtude para quem ensina, é também uma obrigação de quem administra.
O Mestre Supremo nos dá sempre a exemplificação de infinita cautela e insuperável capacidade de vigilância, quando permite que cresçam, em nós mesmos, lado a lado, o joio e o trigo, a fim de que uma ceifa prematura não atinja indiscriminadamente a ambos.
A visão lúcida que necessitamos desenvolver nos mostrará, sem maiores dificuldades, como e em que medida poderemos adotar providências cabíveis e indeclináveis para proteger as boas obras e transformar ou neutralizar as obras más, de forma que a evolução se processe com o mínimo possível de atritos e o máximo possível de bons resultados.
Torna-se cada vez mais urgente que centralizemos nossa visão no essencial, compreendendo que o propósito do bem é sempre o mais importante em nossas lides evangélicas.

Áureo