quarta-feira, 25 de março de 2009

Prece do entendimento


Agradeço as bênçãos que me deste, sem que eu soubesse compreendê-las.

Roguei-te paz e me enviaste as tribulações que me tumultuaram o recanto de ação, compelindo-me a lutar, por dentro de mim, para asserenar aqueles que me cercam somente após reconhecê-los tranqüilos é que notei a paz de todos eles, habitando-me o coração.

Supliquei-te defesa e determinaste que forças contrárias ao meu reconforto me atingissem o espírito e o ambiente em que me encontro, obrigando-me a longo esforço para criar refúgio e apoio para quantos me confiaste ao amor e, apenas depois de observá-los felizes, é que reconheci comigo a alegria de todos eles em forma de segurança.

Obrigado, Senhor, porque não me doaste aquilo de que eu precisava, segundo as minhas requisições e sim de acordo com minhas necessidades.

E agradeço, ainda, porque me mostraste, sem palavras, a significação do ensino que transmite ao teu apostolo da humildade:

- "É dando que se recebe."

MEIMEI

terça-feira, 24 de março de 2009

Nosso Eu


Meimei

"Nosso "eu" é uma concha de trevas que não nos deixa perceber, senão a nós mesmos.
Espelho mentiroso, que a vaidade forja na esfera na esfera acanhada de nosso individualismo, reflete exclusivamente os nossos caprichos e os nossos desejos, impedindo a penetração da luz.
Aí dentro, nossas dores, nossas conveniências e nossos interesses, surgem sempre exagerados, induzindo-nos à cegueira e ao isolamento.
Mas o Senhor, que se compadece de nossas necessidades, concede-nos, com a cruz de nossas obrigações diárias, o instrumento da libertação. Suportando-a com fé e valor, entre os dons da confiança e as bênçãos do trabalho, crucificamos, cada dia, uma parcela de nossa personalidade inferior, a fim de que nosso espírito - gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus - possa ser lapidado para a imortalidade gloriosa."

domingo, 22 de março de 2009

Deus e sua magnitude!!


Estava a ler o livro "Nosso Lar" de André Luiz, e fiquei extremamente encantada, em especial, com um trecho em que ele relata:
"(...)- Vamos à Natureza.
Acompanhei-a sem hesitação, e ela, notando-me a estranheza,
acentuou:
- Não só o homem pode receber fluidos e emiti-los. As forças naturais
fazem o mesmo, nos reinos diversos em que se subdividem. Para o caso do nosso enfermo, precisamos das árvores. Elas nos auxiliarão eficazmente.
Admirado da lição nova, segui-a, silencioso. Chegados a local onde se
alinhavam enormes frondes, Narcisa chamou alguém, com expressões que
eu não podia compreender. Daí a momentos, oito entidades espirituais
atendiam-lhe ao apelo. Imensamente surpreendido, vi-a indagar da
existência de mangueiras e eucaliptos. Devidamente informada pelos
amigos, que me eram totalmente estranhos, a enfermeira explicou:
- São servidores comuns do reino vegetal, os irmãos que nos
atenderam.
E, à vista da minha surpresa, rematou:
- Como vê, nada existe de inútil na Casa de Nosso Pai. Em toda parte,
se há quem necessite aprender, há quem ensine; e onde aparece a
dificuldade, surge a Providência. O único desventurado, na obra divina, é o
espírito imprevidente, que se condenou às trevas da maldade.
Narcisa manipulou, em poucos instantes, certa substância com as
emanações do eucalipto e da mangueira e, durante toda a noite, aplicamos o
remédio ao enfermo, através da respiração comum e da absorção pelos
poros."(...)

Como podemos ver DEUS em sua infinita sabedoria e misericórida em tudo habita e tudo suporta por amor a nós, seus filhos em constante evolução...cuidemos pois dos vegetais e dos animais do "nosso lar" em matéria tempória para a glória do Nosso Senhor Jesus Cristo.

terça-feira, 17 de março de 2009

Estados de Alma

Lourenço Prado
"A doutrina Espírita, reafirmando positivamente a Doutrina do Cristo, não tem bases físicas.
Ergue-se de fato em fato, de exemplo em exemplo e de lição em lição, no plano das consciências, para outros planos da consciência.
Amparemos visão e raciocínio, desmaterializando pensamentos. O desapego real não se circunscreve apenas às posses. do efêmero, atinge igualmente as ideias terra-a-terra...
Cessem para nós todos os enganos que nos intoxicam há séculos.
Não te faças adversário de ti mesmo. Só a consciência é eterna.
As próprias colônias enobrecidas, estruturadas em matéria rarefeita na Espiritualidade, são transitórias...
Evitemos substituir simplesmente as noções de inferno por umbral ou de céu por esferas espirituais, alimentando velhas ilusões da mesma forma.
Planos da inteligência existem por toda parte - numerosos e variados -; entretanto, o estado íntimo alma é pessoal e inalienável, tanto comigo ou contigo, quanto com qualquer criatura de Deus.
Acostuma-te a raciocinar, não em termos de condição de espaço, mas em termos de estados de alma, isto é, não aguardes o chamado céu ou o chamado paraíso, algures no Universo, nem mesmo nas Estâncias Resplandecentes da Vida Maior.
Habitua-se a pensar que céu ou paraíso são atmosferas inferiores do Espírito, em todos os lugares, e que podem ser fruídos por ti, desde já, onde te encontras.
Observa e conhecerás que muitas vezes consegues viver no paraíso: quando recebes o júbilo inesperado; quando choras espontaneamente de alegria; quando te achas no anseio da oração em clima de absoluto desinteresse; quando te surpreendes em harmonia no próprio ser, longe de qualquer laivo de malquerença diante dessa ou daquela situação; quando te reconheces doente no corpo, mas de espiríto robusto, sofrendo, mas de coração levantado ao clarão da fé, cansado, mas de consciência livre...
Reflete e concluirás que vezes outras, ainda que o desejes, transformas a existência num inferno emocional: quando te deixas possuir pela cólera; quando sucumbes às provocações do egoísmo e do orgulho; quando não te dispõe ao perdão sincero; quando te revoltas ou desanimas...
Se não somos da Terra, não olvidemos que a Terra é o caminho...
Desencarnar não resolve: a morte não é a solução espiritual em definitivo para ninguém. Aí, quanto aqui, encontrarás a necessidade premente de toda hora: a vivência da caridade pura...
Reaviva as próprias lembranças acerca de Jesus: ingratidão e perseguição por parte de outros, com devotamento e serviço incessantes por parte de si próprio, são as únicas medalhas de honra que o Espiríto vitorioso carreia deste mundo na direção de outros mundos, até à plena integração de si mesmo na luz da Suprema Luz."

segunda-feira, 9 de março de 2009

A dor


"A dor é a nossa companheira até o momento de nossa integração total com a Divina Lei.
Recebe-nos no mundo, oculta nos berços enfeitados, espreita-nos no colo materno e segue-nos a experiência infantil...
Depois, observa-nos a mocidade, misturando seus raios, quase sempre incompreensíveis, com os nossos cânticos de esperanças e, atravessando o pórtico de nossa comunhão com a madureza espiritual, incorpora-se à nossa luta de cada instante...
Respira conosco, infatigavelmente marcha ao nosso lado, passo a passo, e, ainda que não queiramos, lê, sem palavras para o nosso coração, a cartilha da experiência.
Então, algo renovador se realiza dentro de nós, sem que percebamos, e um dia, comparece em nossa estrada, conduzindo-nos à morte e à aparente separação; mas, se aceitamos as bênçãos do seu apostolado sublime, converte-se, a estranha companheira dos nossos destinos, em suave benfeitora, preparando-nos para a vitória divina, de vez que só ela é bastante forte e bastante serena para sustentar-nos até o ingresso feliz, no Reino Celestial."
Meimei

quarta-feira, 4 de março de 2009

Cartão Fraterno

"Abre teu coração à luz divina
Para que a luz do amor de ti desponte.
E subirás, cantando, o excelso monte
Que de bençãos celestes se ilumina.

Honra a luta na terra que te inclina
A sublime largueza de horizonte.
A nossa dor é a nossa própria fonte de profunda verdade cristalina.

Quebra a escura cadeia que te isola!
Faze do teu caminho a grande escola
De renascente amor, puro e fecundo!

Deixa que o Cristo te penetre a vida
E que sejas, do Mestre, a chama erguida,
A luminosa redenção do mundo."

Luiz Guimarães

Livro: Relicários de Luz,
Francisco Cândido Xavier